Mais um país que confirma o nosso livro "Vá E Não Me Chame - Guia Turístico Politicamente Incorreto". Veja abaixo o texto original sobre o Paquistão e tire suas conclusões. Quer saber mais sobre os 200 países do mundo? Compre o seu guia no site Amazon:
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PAQUISTÃO
Este é o famoso país onde foi capturado e morto Osama Bin Laden. Mas,
vamos começar falando das recomendações, de 2014, do Ministério de Relações
Exteriores do Brasil (Itamaraty) sobre o Paquistão: “A Embaixada do Brasil no
Paquistão não recomenda viagens de caráter não-essencial ao país.” Por aí você já vai sentindo de que país estamos
falando. O nome desta nação da Ásia meridional foi inventado por Choudhry
Rahmat Ali, um dos fundadores do movimento pró-independência que lutava contra
os ingleses. Cada letra é uma das antigas províncias do Império Britânico da
Índia na região: o P vem de Punjab, o A é de Afghania, o K de Kashmir (Caxemira)
e o S vem de Sindh. A importantíssima região do Baluchistão foi esquecida na
formação do nome e isso explica, em parte, o movimento separatista nesta
província, pois os balúchis se acham esquecidos em todos os sentidos pelas
autoridades paquistanesas.
Com 796.095 km² (mais do que a soma dos estados de Minas Gerais e
Paraná), o Paquistão tem 196 milhões de
habitantes, o que o torna o segundo maior país islâmico do mundo, após a
Indonésia. A população é dividida em várias etnias, sendo as principais a Punjabi
(45%), Pashtu (16%) e Sindhi (14%). Há duas línguas oficiais, o Inglês, que só
é falado pelos grupos dominantes do país e as altas autoridades civis e
militares (uma minoria) e o Urdu, que é falado apenas por 8% das pessoas. As
línguas mais usadas pelo povo são o Punjabi (48%), o Sindhi (12%), o Saraiki
(10%) e o Pashtu (8%),
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além de muitas outras variações destas mesmas línguas, sem contar os
idiomas tribais. O Paquistão é um país pobre, de cultura islâmica arraigada,
com 60% do povo vivendo em áreas rurais e com 1 de cada 4 em condições abaixo
da linha de pobreza, miseráveis mesmo. Grupos terroristas como Al-Qaeda e
Talibã, além de guerrilheiros inimigos do governo de Islamabad, a capital, explodem
bombas permanentemente em várias regiões, inclusive nas grandes metrópoles,
como Karachi, uma cidade de mais de 13 milhões de pessoas.
Se com estas características, ainda assim o turista brasileiro quiser se
aventurar, é bom lembrar que há uma série de exigências para todos os públicos:
homens, heterossexuais ou homoafetivos, não devem usar roupas que chamem a
atenção dos paquistaneses - braços e pernas têm que estar cobertos, portanto,
nada de camisetas nem bermudas, mesmo o país sendo um forno na maior parte das
regiões. Mulheres devem usar lenços na cabeça e as roupas devem ser ainda mais
discretas e conservadoras que as dos homens: nada de decotes nas costas nem na
área dos seios. Turistas LGBT esqueçam este país, pois sexo entre iguais é
crime passível de prisão perpétua. Viciados em maconha, cocaína ou no simplório
álcool, nem pensem em usar estas substâncias, a não ser que queiram até mesmo
morrer numa prisão paquistanesa. Quem gosta de um lombinho de porco ou qualquer
outra parte deste bicho, esqueça: é considerado crime comer qualquer parte do porco.
Mas, se depois deste retrato 3 x 4, o turista brasileiro é alpinista e
ainda quer escalar algumas das maiores montanhas do planeta, no Norte do
Paquistão, como o Monte K 2, o Itamaraty vai lhe lembrar que “Em junho de 2013,
dez alpinistas estrangeiros foram mortos por grupo terrorista no sopé da
Montanha de Nanga Parbat, nos arredores da cidade de Gilgit”. E aí? Ainda quer
escalar?
Site oficial de turismo: http://www.tourism.gov.pk/
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