E eis aqui a íntegra do verbete "Equador" do nosso livro "Vá E Não Me Chame - Guia Turístico Politicamente Incorreto", para que os brasileiros vejam exatamente para onde estão a viajar em suas férias. Melhor antes "perder o amor a 15 reais" e comprar o guia no site da Amazon:
http://www.amazon.com/dp/B018KSQM14
Confira o preview do livro:
EQUADOR

Ecuador em Espanhol. Em Quéchua
(ou Quíchua), o país é conhecido como Ikwator. A área é de 283.560 km² (quase a
mesma do estado do Rio Grande do Sul) e a população beira os 16 milhões,
semelhante ao número de habitantes do estado do Rio de Janeiro.
Duas coisas são verdadeiros atrativos
turísticos do Equador: sua capital, Quito, tombada pela UNESCO (Organização das
Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura), que tem o centro histórico
mais conservado de toda a América: é uma arquitetura colonial deslumbrante, ao
contrário do Brasil, que fez questão de destruir ou abandonar boa parte do seu
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colonial. A outra atração é inigualável: Ilhas
Galápagos (oficialmente conhecidas pelo governo de Quito como “O Arquipélago de
Colombo”), onde 100% dos répteis, 75% das aves, 50% das plantas e 25% dos
peixes, só são encontrados ali, o que deixou pasmado o cientista Charles
Darwin, que aos 26 anos visitou o arquipélago e diante da fauna e flora locais
teve o “insight” para escrever o clássico “A Origem das Espécies”, fundamento
científico do Evolucionismo, para desespero dos religiosos de todo o mundo.
Agora, o principal: a segurança do turista
brasileiro. O Equador é, antes de mais nada, um país da América Latina e, por
isso, em nada difere do Brasil. Em nenhum aeroporto ou estação rodoviária você
pode deixar seus pertences fora do alcance de sua mão. Não pode tomar táxi na
rua, tem que ser de empresa regularizada, tudo intermediado por seu agente de
turismo ou seu hotel.
Não pode aceitar nenhum tipo de comida ou
bebida, pois o “boa noite Cinderela” é tão comum quanto no Brasil. Em
restaurantes e bares derramam de propósito líquidos ou comidas em você e o afã
de te ajudar a se limpar é para distraí-lo para você ser roubado pelos
cúmplices que já estão te rodeando. Saque em caixa eletrônico só em banco ou
outro local fechado: saidinha bancária é mais comum até do que no Brasil.
Motoqueiros criminosos são comuns também: passam rapidamente e o carona da moto
rouba bolsas, máquinas fotográficas e filmadoras ou qualquer outro objeto que a
pessoa esteja portando nas vias públicas. Enfim, todos os riscos de assalto e
roubo presentes em terras brasileiras, que você já conhece muito bem, estão
presentes no Equador e, portanto, não saia à noite andando pelas ruas ou de dia
sozinho em qualquer horário. Lembre-se também que a saúde e a segurança
públicas têm as mesmas precariedades brasileiras.
No mais, há problemas naturais neste país: os
vulcões são muito ativos. Em Quito, por exemplo, há três no entorno da cidade.
Terremotos são frequentes e provocam tsunamis, que devem ser temidos para quem
se aventurar nas Ilhas Galápagos, pois os alertas nem sempre funcionam como
deveriam. Enfim, é um destino turístico fantástico, mas cercado da mais
atordoante insegurança. Se for, em homenagem a Darwin, vá através de uma
agência de turismo
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grande e idônea que inclua tudo: passagens,
traslados, hospedagem, “tours”, guias e, principalmente, bebidas e comidas. Não
vá por conta própria.